Existem diversos desafios relacionados a empreender no Brasil. Segundo uma pesquisa do IBGE, por 3 anos seguidos mais empresas foram fechadas do que abertas nos últimos anos. Em um cenário como esse, empreender parece um investimento perigoso.
Porém, mesmo nesse contexto, vender online apresenta uma série de vantagens em relação às lojas físicas. Inclusive, o mercado de e-commerce somente tem crescido no Brasil nos últimos anos, com um aumento de 12% em 2018 e uma previsão de 15% ainda em 2019. Mesmo em um cenário em ascensão, existem sellers que sentem as suas vendas estagnadas ou em queda. Por isso desenvolvi uma lista com algumas razões para o negócio ir mais devagar. Acompanhe!
O vendedor não busca conhecimento
Estudar é o primeiro passo para se capacitar em qualquer profissão, e ser vendedor não é diferente. Estudando o processo de vendas, é possível criar uma operação organizada desde o começo, evitando desperdício do seu tempo e dinheiro. Além disso, cada operação de vendas é diferente. Então, é essencial que você entenda o mercado em que está inserido para planejar corretamente o futuro da sua operação.
Operação sem escala para crescimento
A maioria dos vendedores começa fazendo de tudo um pouco na jornada de vendas. Muitas vezes esse apego do vendedor em estar responsável por todos os processos atrasa o crescimento do e-commerce. Isso ocorre porque todas essas funções exigem tempo e atenção que poderiam ser gastos em aumentar as vendas.
A questão é que em uma operação de e-commerce existem dois tipos de tarefa: as operacionais e as que aumentam as suas vendas. E, apesar de ambas serem igualmente importantes, o vendedor precisa saber o momento de se desapegar de algumas delas e começar a delegar.
Os produtos não são planejados
A maioria dos vendedores escolhe vender algo pelo qual eles se interessam. Não tem nada de errado nisso, e é até positivo conhecer os seus produtos e o público que você vende. Porém, é muito perigoso se apoiar somente em um nicho específico de vendas, pois nesses casos, as suas vendas tendem a mais voláteis.
É justamente por isso que você deve pensar na sazonalidade das suas vendas ao adquirir seu estoque. Procurar diversificar a carteira de produtos e trabalhar com aqueles que atendem às suas necessidades em diferentes momentos.
Tratar os marketplaces como se fossem iguais
Esse é um erro clássico de vendedores que já vendem em algum marketplace e estão começando a expandir seus canais de venda. Cada marketplace tem uma origem diferente. E isso, obviamente, os leva a ter uma política diferente para os seus vendedores.
Além disso, vem questões como:
- se o marketplace possui buybox;
- se ele emite etiqueta;
- a porcentagem que ele cobra nas vendas;
- a rotatividade dos produtos;
- o nicho que esses marketplaces são focados.
Tudo isso deve ser considerado ao entrar em um marketplace.
A reputação dos anúncios ou do vendedor não são boas
Quando uma marca permite que você use o marketplace como uma vitrine com os seus produtos, ela acaba se arriscando. Se houver algum problema com o produto, o usuário provavelmente vai culpar a plataforma, não o vendedor.
Por isso, marketplaces são extremamente rigorosos com a reputação dos sellers, “forçando-os” a entregarem o melhor serviço possível. O vendedor deve sempre estar atento em como cada marketplace define a sua reputação, uma vez que isso influencia diretamente na exposição do seu anúncio e na confiança que ele passa. A punição para cada transgressão varia, mas geralmente o resultado é que ele vai diminuir cada vez mais a exposição dos seus anúncios, levando à uma queda de vendas.
É essencial conhecer muito bem o próprio negócio para desenvolver o serviço e a operação da melhor maneira possível. Especialmente quando é realizado em marketplaces. Neles, e as regras costumam ser ditadas por eles, mas apreciadas pelos consumidores, que prezam por serviços e produtos de qualidade.